Prefiro ir de bicicleta : um estudo sobre mobilidade a partir de experiências cotidianas
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)
Curso ou área do conhecimento
Psicologia
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Cruz, Renata Rôla Monteiro da
Língua
Português
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2016
Palavra chave 1
Acessibilidade
Palavra chave 2
mobilidade urbana
Palavra chave 3
Políticas Públicas
Palavra chave 4
Psicologia ambiental
Palavra chave 5
Sustentabilidade
Palavra chave 6
trafego
Descrição
Este estudo investigou a utilização da bicicleta como meio de transporte nos deslocamentos cotidianos, com o objetivo de compreender o que levou os usuários a optarem por utilizá-la como modal prioritário. Fundamentou-se nos aportes teóricos da Psicologia Ambiental pois, entende-se que as relações estabelecidas no contexto urbano constituem um cenário complexo e são bidirecionais, onde a pessoa afeta o ambiente e, é concomitantemente afetada por ele. Os dados resultaram de 12 entrevistas com ciclistas urbanos em Fortaleza, e foram tratados por meio de Análise de Conteúdo, após classificação feita pelo programa IRAMUTEQ. Encontrou-se que a principal motivação foi evitar o uso do carro e do ônibus, sobretudo por questões relativas ao desgaste no trânsito com engarrafamentos, perda de tempo e prejuízos para a saúde física e mental. A bicicleta foi percebida como um veículo ágil, prático, econômico e versátil, pois permite realizar deslocamentos em tempos mais curtos, possui baixo custo de aquisição e manutenção, além de permitir paradas a qualquer hora e lugar. Ademais, os entrevistados destacaram os benefícios da prática de exercícios, da perda de peso, da disposição para o trabalho e o prazer em sentirem-se livres ao pedalar. No entanto, como desvantagens apontaram o calor e o sol intenso em determinadas horas do dia, a imprudência dos motoristas, o desrespeito aos ciclistas e o preconceito em relação à bicicleta, classificada como transporte de `pobre¿, por ser um veículo tradicionalmente utilizado pelas classes operárias. Por outro lado, este modal apresentou-se como transformador das relações na cidade, já que o contato e a percepção do ambiente são capazes de promover maior identificação e vinculação dos indivíduos com o lugar. Esses sentimentos, possibilitaram aos ciclistas, ampliar suas vivências, traduzindo-as em um maior senso de segurança e tranquilidade, ao sentirem-se mais integrados, apropriados e felizes ao usufruírem a cidade. Palavras-chave: cidade; bicicleta; Psicologia Ambiental; mobilidade; acessibilidade.