A percepção da segurança cicloviária em cruzamentos urbanos não semaforizados
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)
Curso ou área do conhecimento
ENGENHARIA URBANA
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Diniz, Claudinei Moreira
Língua
Português
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2019
Palavra chave 1
Ciclovias/ciclofaixas
Palavra chave 2
Infraestrutura
Palavra chave 3
Percepção de segurança
Palavra chave 4
Segurança viária
Palavra chave 5
Sinalização
Palavra chave 6
Sustentabilidade
Descrição
O aumento do número de acidentes de trânsito nas últimas décadas transformou o sistema viário urbano em um ambiente caótico em termos de segurança viária. Nesse meio, encontram-se os ciclistas, um dos usuários mais vulneráveis do sistema de trânsito, que encontram desafios diários com a falta de infraestrutura dedicada ao ciclismo. Esses desafios imprimem nos ciclistas uma sensação de insegurança que é apontada por diversos autores como uma das principais barreiras para uso da bicicleta nos deslocamentos diários. A percepção de insegurança é intensificada nos cruzamentos urbanos frente ao maior número de conflitos de tráfego e maior probabilidade de ocorrência de acidentes. Desse modo, este estudo tem como objetivo analisar a percepção do ciclista em relação à segurança viária em cruzamentos urbanos não semaforizados, que apresentam ou não infraestrutura cicloviária. Para tal, foi realizada a aplicação de questionário on-line para levantamento de dados referente a percepção da segurança em 14 cenários de conflitos em cruzamentos urbanos. Foram coletadas 458 respostas que foram analisadas por técnicas de estatística descritiva e inferencial seguidos de modelagem matemática usando o modelo logit ordenado de chances proporcionais. Os resultados indicaram que os cruzamentos entre vias compartilhadas são percebidos como os mais inseguros e aqueles entre vias com a presença de ciclovia no canteiro central como os mais seguros. A interação com os automóveis se aproximando por trás do ciclista, na mesma direção e sentido, é identificada como a mais insegura. A calibração do modelo mostrou que as variáveis significativas para explicar a percepção de segurança cicloviária nos cruzamentos são: infraestrutura, conflito, iluminação, sexo, idade, posse de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e tipo de usuário. Por fim, foram alcançados os objetivos propostos pelo estudo e os resultados contribuem para o entendimento dos aspectos de segurança viária voltada a ciclistas, mais especificamente em países em desenvolvimento.