Descrição

As bicicletas compartilhadas se inseriram
no contexto brasileiro em
2011 e, desde então, têm se tornado
um componente cada vez mais
importante da mobilidade urbana.
Diante dos problemas representados pelo histórico
privilégio dado ao transporte motorizado
— em especial o automóvel — na configuração
dos espaços urbanos, as cidades brasileiras
atuais têm percebido a importância da mudança
de paradigma nas suas condições e infraestruturas
para os deslocamentos, nos quais os
modos ativos são peças-chave para se alcançar
uma realidade mais saudável e sustentável.
Com isso, a bicicleta vem ganhando mais
espaço literalmente mediante a expansão de ciclovias,
surgimento de ciclofaixas, ruas abertas
para os modos ativos no fim de semana e outros
mecanismos que, pouco a pouco, rumam a
uma inflexão desejada e necessária. Nesse contexto,
pode-se dizer que os sistemas de bicicleta
compartilhada representam um estímulo a esse
modo de transporte nas cidades, oferecendo
praticidade e conveniência para quem pedala.
Diante do sucesso dos primeiros sistemas
implantados, nos anos mais recentes, as cidades
brasileiras vivenciaram um crescimento vertiginoso
da oferta de serviços de compartilhamento.
Atualmente, há mais de vinte sistemas de bicicletas
operando em todo país: são sistemas de
diferentes dimensões, tecnologias de operação
e arranjos de financiamento. Dessa realidade,
destaca-se aqui um conjunto de cinco sistemas,
os quais podem ser apontados como experiências
pioneiras no Brasil e já consolidadas como
parte da rede de mobilidade das cidades onde se
inserem. Esses sistemas compõem o serviço de
bicicletas compartilhadas Bike Itaú, atualmente
operados pela empresa Tembici e patrocinados
pelo Banco Itaú, atendendo às capitais Porto
Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador
(BA) e São Paulo (SP).