Os perigos da segregação de tráfego no planeamento para bicicletas
Tipo de publicação
Relatório de Pesquisa
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Mário J. Alves
Língua
Português
Abrangência geográfica
Internacional/Mundial
Ano da publicação
2006
Palavra chave 1
Planejamento
Palavra chave 2
Segregação socioespacial
Palavra chave 3
Segurança viária
Palavra chave 4
trafego
Descrição
que não se compadece com discussões sim/não. Cada situação é um caso mas, depois de
décadas de experiência e estudos sobre o assunto, podemos ter a certeza do seguinte: o risco
de acidente de bicicletas com um veículo é, na maior parte dos casos, superior quando
existe segregação entre os dois modos de transporte.
É uma conclusão contra-intuitiva, mas é importante ler com atenção este texto que resume
dezenas de estudos que foram feitos nas últimas décadas. A razão principal é que quando se
implementa dois fluxos bi-direccionais independentes próximos um do outro está também a
duplicar-se o número de conflitos nos cruzamentos.
Os problemas práticos da segregação dos ciclistas são de tal forma complexos que são
geralmente inultrapassáveis – o máximo que o projectista poderá fazer é tentar minimiza-los. Por
isso mesmo, a literatura sobre o assunto e as associações de ciclistas de toda a Europa são
contra a segregação generalizada e aconselham que as vias sejam preferencialmente
preparadas para a coexistência de tráfegos.