Como reconhecimento dos esforços para ampliar a mobilidade ativa, o Recife foi incluído no Programa Cidade Pedalável, que reúne cidades de todo o mundo em prol da mobilidade sustentável. A iniciativa – que completa um ano nesta sexta-feira (18) – é do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), organização de referência global em mobilidade urbana. O objetivo é promover ações – como encontros de trocas de experiências e formações de gestores – para desenvolver a malha cicloviária do município.
Durante o primeiro ano da campanha, técnicos da Prefeitura do Recife participaram de formações e encontros com profissionais de todo o mundo para aplicar as melhores práticas de segurança viária. De acordo com o ITDP a meta é de que, em todo o mundo, 25 milhões de pessoas passem a viver próximo a uma estrutura cicloviária. No Recife, calcula-se que 600 mil pessoas já estejam próximas de estruturas cicloviárias, ou seja, com até 300 metros de distância entre a residência e o equipamento.
Entre 2021 e 2022, o Recife aumentou em 10 km a sua estrutura cicloviária e iniciou conexões importantes para interligar toda a rede. Na Torre, a nova ciclofaixa vai interligar 168,5 km de forma inédita entre a Zona Oeste, Zona Norte e Centro da cidade. Uma conexão inédita também está sendo feita entre o Sul e o Centro do Recife por meio da Ciclovia Agamenon Magalhães, localizada na principal via arterial da cidade. Além disso, foram implantadas mais de 600 vagas de paraciclos nas proximidades das rotas cicloviárias.
O investimento no redesenho de vias para fomento da segurança viária é uma das práticas na política de mobilidade do Recife que levaram à redução de 36,4% das mortes no trânsito do Recife entre 2016 e 2021. O dado é do Relatório Preliminar de Vítimas fatais de Sinistros de Trânsito, produzido pela CTTU em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global. Essa mesma parceria também gerou o Relatório de Segurança Viária sobre Mobilidade ativa, que indicou uma redução de 38.8% nos registros de óbitos entre os usuários de mobilidade ativa de 2017 a 2021, neste mesmo período, o Recife aumentou em 230% a sua malha cicloviária.