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88% da população brasileira mora em ruas sem vias ciclísticas

O IBGE divulgou mais informações sobre o Censo 2022. Agora, reuniu estatísticas diversas como pavimentação de vias, iluminação pública, presença de rampas de cadeirantes e arborização urbana. O levantamento só considerou áreas urbanas, portanto abrangeu as residências de 174,1 milhões de brasileiros, 85% da população total, em 5.698 municípios.

Quase 115 milhões de brasileiros moram em ruas com ao menos uma árvore. Essa é uma das conclusões da pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, divulgada na quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados do Censo 2022. O número corresponde a 66% da população pesquisada, o que significa que, a cada três brasileiros, dois moravam em ruas arborizadas.

Dessas pessoas, 32,1% residiam em endereços que possuíam cinco árvores ou mais; 13,5%, em vias com três ou quatro árvores; e 20,4% em locais com duas árvores no máximo. Mato Grosso do Sul (92,5%) é o único estado com percentual acima de 90%. As menores marcas ficaram com Sergipe (38,6%), Santa Catarina (41%), Acre (42,1%) e Amazonas (44,6%), sendo os dois últimos localizados no bioma Amazônia.

O IBGE considerou apenas arborização em áreas públicas, ou seja, excluiu da contagem árvores em quintal de casas, por exemplo. Como a metodologia é diferente da utilizada no Censo 2010, não houve comparação de dados.
A pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios coletou dados sobre capacidade de circulação de vias, presença de pavimentação, calçadas, bueiros, iluminação pública, pontos de ônibus, rampa para cadeirantes, arborização e sinalização para bicicletas.

 

Mais da metade das cidades não têm nenhum trecho para bicicletas

No Censo 2022, os agentes censitários buscaram também informações relacionadas a um elemento que têm ligação direta com sustentabilidade: vias com sinalização para bicicletas. Em todo o país, 3,3 milhões de moradores residem em vias nas quais há sinalização para bicicletas. Isso representa 1,9% da população pesquisada. Foram consideradas soluções como ciclovias, ciclofaixas, placas e pintura no chão.

Santa Catarina se destaca entre os estados, com o patamar de 5,2% dos moradores. As cinco concentrações urbanas com maiores índices são todas catarinenses: Joinville (11,2%), Jaraguá do Sul (9,8%), Itajaí – Balneário Camboriú (7,2%), Florianópolis (7,1%) e Blumenau (6,8%). Mais da metade dos municípios brasileiros não possui trechos de ruas sinalizados para a circulação de bicicletas, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).São 3.012 municípios sem sinalizações para ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas, representando 54,1% do total de municípios do país.

No Brasil, apenas 1,9% da população vive em trechos de ruas sinalizados para bicicletas, percentual que o IBGE considerou baixo, confirmando que a infraestrutura das vias no país ainda é direcionada para veículos automotores. Santa Catarina (5,2%), Distrito Federal (4,1%), Ceará (3,2%) e Amapá (3,1%) são os estados com maior proporção de moradores em trechos de ruas com sinalização para bicicletas.

O IBGE analisou 63.104.296 domicílios (66% do total), localizados em setores urbanos ou em setores rurais com características urbanas. Ao todo, foram consideradas as áreas onde moram 174.162.485 brasileiros — o equivalente a 86% da população. Foram analisadas condições de infraestrutura urbana, como iluminação, pavimentação, transporte, calçadas, acessibilidade e sinalização.

 

Jaraguá do Sul tem o segundo melhor índice do Brasil

O IBGE considerou ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas, incluindo temporárias para lazer, no levantamento. Também foram consideradas sinalização vertical ou horizontal na pista de rolamento ou em calçadas compartilhadas. De acordo com o Censo, a sinalização nos trechos de vias para bicicletas é importante em função da segurança, e que boas sinalizações e infraestruturas encorajam mais pessoas a optarem pela bicicleta como meio de transporte, contribuindo para a sustentabilidade e redução de poluição, além de melhorar o tráfego nas vias urbanas.

O levantamento afirma que a proporção de moradores em trechos de vias com sinalização para bicicletas é baixa em todas as categorias de hierarquia urbana, atingindo o maior percentual nas metrópoles (2,8%), caindo gradativamente os centros locais (0,5%), considerado o menor nível hierárquico. O Censo 2022 afirma que, dentre as concentrações urbanas, os maiores percentuais de pessoas residindo em trechos de vias sinalizadas para bicicletas estão na Região Sul, liderado pelas cidades de Joinville (11,2%), Jaraguá do Sul (9,8%) e Itajaí -Balneário Camboriú (7,2%), em SC.
Neste ranking aparecem as capitais Florianópolis (7,1%), Fortaleza (5,5%) e Belém (4,6%).

 

Malha cicloviária da cidade ultrapassa uma centena de quilômetros

O Município de Jaraguá do Sul tem, atualmente, mais de 90 quilômetros de ciclofaixas. Contando com outras vias para bicicletas (rota de bicicletas, calçada compartilhada e calçada partilhada), este número sobe para 105 quilômetros de malha cicloviária. Para a cidade e para os ciclistas, principalmente, é um avanço importante no que se refere à mobilidade urbana, fluidez e segurança no trânsito. Em levantamento divulgado em meados de 2024, pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Planejamento e Urbanismo, o sistema cicloviário da cidade se destaca no comparativo com outros municípios.

Analisando os dados divulgados pela Associação Brasileira do Setor de Bicicletas quanto ao ranking de ciclovias e ciclofaixas nas capitais brasileiras (2023), os técnicos da Secretaria constataram que Jaraguá do Sul está muito à frente dos primeiros colocados da lista no quesito malha cicloviária para cada grupo de 100 mil habitantes.
Tinha 57,69 km para cada grupo de 100 mil pessoas, superando, na época, Florianópolis (24,4 km), Curitiba (13,76 km), São Paulo (5,7 km) e Belo Horizonte (4,6 km para cada grupo de 100 mil habitantes).

 

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