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Dia da Consciência Negra: mobilidade urbana reflete desigualdade social brasileira
Como espelho da sociedade brasileira, a mobilidade ou o ato de ir e vir, também reflete suas muitas desigualdades. “São várias questões, para além da desigualdade de renda, que vão fazer com que pessoas pretas e pardas experimentem uma mobilidade diferente”, diz Glaucia Pereira, pesquisadora na área e fundadora do Instituto de pesquisa Multiplicidade Mobilidade Urbana.
Maioria entre os usuários de transporte público, as pessoas negras são minoria entre os proprietários de carros. De acordo com estudo da Multiplicidade, 70% das famílias negras paulistas não têm automóvel, e isso assume uma relevância ainda maior em uma sociedade que é voltada para esse modal, realidade que se repete em todo o território nacional.
“Então, se nosas políticas públicas privilegiam o automóvel, elas não estão privilegiando pessoas negras e sim as pessoas brancas”, diz Glaucia. Da mesma forma, ela explica que quando uma gestão municipal opta por não investir em medidas que visam fluidez do transporte público como corredores de ônibus, por exemplo, a população negra é prejudicada de forma desproporcional.
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- Veículo: Estadão
- Data de publicação original: 20/11/2024
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