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Crítica do filme “A bicicleta e as cidades”

Discussões sobre a bicicleta como uma importante opção de modal para as zonas urbanas já estiveram em diversos documentários brasileiros e estrangeiros, num debate que parece render ainda muitas produções. De um lado, geralmente temos quem defende a bicicleta, do outro, as pessoas que consideram o ciclismo uma prática que atrapalha a agilidade dos automóveis em suas dinâmicas de deslocamento cotidiano. No meio estão o que não se importam com o assunto. O idealizador de As Bicicletas e a Cidade encaixa-se no primeiro grupo. Defensor das bikes, ele é um morador de Joinville, cidade de Santa Catarina que serve de espaço para as reflexões de seu documentário, um produto audiovisual que ao longo de seus 72 minutos, traça um amplo panorama histórico do desenvolvimento urbano do local, tendo como recurso, um punhado de vídeos e muitas imagens de arquivo, material importante para reiterar a sua “tese”.

Menos didático do que poderia ser, haja vista a falta de ritmo com o excelente material que possui em mãos para distribuir do começo ao fim da produção que também peca pela ausência de um trabalho sonoro empolgante, As Bicicletas e a Cidade inicia o seu discurso com um vídeo sobre a importância do progresso em Joinville, datado de 1963, intitulado “Na Vanguarda do Progresso”. O narrador comenta que as ruas da cidade são planas, que as avenidas são cuidadas com esmero e curiosamente, vemos uma onda gigantesca de trabalhadores e demais habitantes a trafegar de bicicleta, modal que era a febre antes do amplo processo de urbanização que deu ao automóvel o protagonismo no deslocamento humano das grandes cidades não apenas brasileiras, mas de toda parte do planeta acometida pelos efeitos globais da industrialização frenética. O melhor momento, por sinal, é quando um entrevistado critica JK e a ideia de 50 anos em 5, projeto que esconde algo muito mais sombrio que o imaginado em alguns registros históricos românticos.

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