MELHORES PRÁTICAS EM BICICLETÁRIOS SÃO PAULO

Tipo de publicação

Manual

Tipo de autoria

Instituição da Sociedade Civil

Nome do autor

CICLOCIDADE

Língua

Português

Abrangência geográfica

Municipal

País

Brasil

Estado

São Paulo

Município

São Paulo

Ano da publicação

2020

Palavra chave 1

Bicicletários

Palavra chave 2

Planejamento

Palavra chave 3

Políticas Públicas

Descrição

INTRODUÇÃO
Em 2012, a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU) consolidou uma visão
em nível nacional de priorização para meios historicamente desincentivados, como
pedestres, ciclistas e usuários de transporte coletivo. Também colocou em pauta a
redução de gases em poluentes no meio ambiente, causada majoritariamente pelo
transporte motorizado individual.
Ao longo dos anos, outras legislações em âmbito municipal e estadual fortaleceram
os incentivos ao uso da bicicleta nos deslocamentos diários. Como exemplos, podem
ser citados o Plano Diretor Estratégico (PDE 2014) e o Plano de Mobilidade de São
Paulo (PlanMob 2015), que pontuam a importância deste modo nos deslocamento
locais e sua conexão com o transporte coletivo para vencer as distâncias dos deslocamentos
metropolitanos.
A Pesquisa Origem Destino 2017 traz o dado de que 95,2% dos deslocamentos realizados
em bicicleta na Região Metropolitana de São Paulo são feitos de forma exclusiva,
ou seja, sem integração com outros modos de transporte. O número pode ser
interpretado como um choque de realidade, pois boa parte da literatura relacionada
à bicicleta parece assumir a intermodalidade como certa, como algo já estabelecido.
Para que seja atrativo, o transporte público deve dar condições para que seus passageiros
o acessem de diferentes formas. Se as pessoas chegam a pé, deve-se garantir
o acesso seguro, com calçadas e rampas acessíveis, assim como faixas de
travessia. Se buscam chegar em bicicleta, é preciso infraestrutura para estacioná-la.
Bicicletários são estruturas essenciais para conectar deslocamentos com atividades
urbanas. Se por um lado o dado da OD 2017 surpreende com baixa intermodalidade,
por outro demonstra o enorme potencial de crescimento. Isso é visto, por exemplo,
no comparativo entre os resultados das ODs 2007 e 2017. O aumento (92%) se deu
principalmente na combinação da bicicleta com outros modos de transporte, ressaltando
a importância de abordar a questão dos bicicletários a partir do aprendizado
trazido por boas práticas, dados e evidências.
Partindo dessa inquietação, este estudo buscou levantar o estado de arte da política
e da prática relacionada a estes equipamentos, com o objetivo de colaborar com uma
política pública eficiente de estacionamento de bicicletas.
Este caderno foca-se em bicicletários públicos em estações e terminais de média e
alta capacidades, estejam eles dentro do território da cidade de São Paulo ou, no âmbito
metropolitano, relacionados às linhas de trem da CPTM ou ao Corredor ABD da
EMTU. Dessa forma, bicicletários e paraciclos em espaço privado, como de shopping
centers, comércios e demais lugares não serão abordados.
O texto está estruturado em oito capítulos. Os dois primeiros buscam chegar a uma
definição sobre os termos ‘bicicletário’ e ‘paraciclo’, uma vez que tal distinção não
está presente em todas as cidades brasileiras, e em trazer a evolução histórica dessas
estruturas, mapeada não somente por documentos históricos mas também por entrevistas
com diferentes atores. A ideia é tentar consolidar os diferentes aprendizados
obtidos a partir dos diferentes momentos e modelos adotados.

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