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ANÁLISE DE PARÂMETROS QUE AFETAM A AVALIAÇÃO SUBJETIVA DE PAVIMENTOS CICLOVIÁRIOS: UM ESTUDO DE CASO EM CICLOVIAS DO DISTRITO FEDERAL
Os pavimentos podem ser avaliados mediante levantamentos objetivos e/ou subjetivos, ou ainda por meio de uma combinação de ambos. Os levantamentos subjetivos, baseados na opinião de técnicos da área de pavimentação, constituem uma forma simples e barata para aferição da qualidade de rolamento (ou conforto) oferecido por um dado pavimento. Este trabalho apresenta um estudo de caso no qual analisa-se a qualidade de rolamento de alguns pavimentos cicloviários do Distrito Federal mediante levantamentos subjetivos. Foram selecionadas quatro ciclovias e em cada caso, identificados trechos com 50 metros de extensão, que apresentassem respectivamente revestimento em estado excelente, bom, regular e ruim. Em três casos, o revestimento era constituído por mistura asfáltica e na outra situação, o revestimento era formado por pedras regulares. Utilizando-se uma amostra contendo 26 ciclistas, instruiu-se os participantes a percorrem cada trecho selecionado à velocidades de 10 km/h, 15 km/h e 20 km/h, respectivamente. Além da velocidade, também avaliou-se a influência da pressão de inflação dos pneus (20 psi e 40 psi) e o tipo de pneu utilizado (fino ou largo). Após o deslocamento em cada trecho o participante preencheu um questionário informando numa escala de zero (péssimo) a cinco (excelente) sua percepção quanto ao conforto oferecido pelo pavimento e se aquele pavimento seria aceitável em termos de conforto oferecido ao usuário. Além disso, o questionário também coletou informações quanto às características do usuário (peso, altura, freqüência com que pedala, propósito quando pedala e distância percorrida quando pedala, entre outros). A partir dessas informações foram desenvolvidas análises estatísticas a fim de identificar quais os parâmetros independentes apresentavam correlação estatística com a percepção de conforto dos participantes. Mediante análises de regressão múltipla, constatou-se que a velocidade foi a variável que mais contribuiu nos modelos determinados, sendo na maioria dos casos o parâmetro preponderante. A altura foi a segunda variável que mais contribuiu nos modelos estatísticos. O tipo de pneu e pressão de inflação também contribuíram em todos os modelos, porém em menor porcentagem.